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Testículos 

Os Testículos

Principais alterações:

         A função dos testículos, à semelhança dos ovários nas mulheres, é a produção das células responsáveis pela fecundação: os espermatozoides. Além da produção de esperma, os testículos são também os principais responsáveis pela produção de hormônios masculinos, comdestaque para a testosterona. Estas controlam o desenvolvimento de algumas características do homem como o crescimento dos pêlos,  a voz, barba, largura dos ossos ou o desenvolvimento muscular. É mais comum que um dos testículos esteja pendurado um pouco mais abaixo que o outro. A percentagem de homens com o testículo esquerdo mais baixo e com o testículo direito mais baixo é praticamente igual. Isto ocorre devido a diferenças na estrutura anatômica vascular nos lados esquerdo e direito. Os testículos são muito sensíveis a impactos e lesões.


    As patologias mais comuns são: testículos não-descidos (criptorquidia), orquite, torção testicular e câncer.

         Os testículos fica armazenados no escroto ou saco/bolsa testicular, que é uma bolsa externa de pele e músculo.  É uma extensão do  abdômen e está localizado entre o pênis e o ânus. A função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo (34.4 graus Célsius). O calor excessivo destrói os  espermatozoides. Tendo como uma de suas camadas um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior. Algumas doenças como hidrocele (água no saco), varicocele (veias dilatadas) podem aumentar a temperatura local e necessitarem de tratamento cirúrgico. 
 

 

  • Testículo não descido – Criptorquidia:

 

       
    A criptorquidia é uma das anomalias genitais mais frequentes em meninos. Os testículos são formados dentro do abdome, abaixo dos rins e, por volta da vigésima semana de gestação, eles começam a descer, para que, ao nascimento, já estejam localizados na bolsa escrotal. Porém, em cerca de 4 % dos meninos o testículo não se encontra na bolsa escrotal ao nascimento, principalmente nas crianças prematuras (± 30 %).

 
    De todos os testículos criptorquídicos, a maioria desce para a bolsa escrotal até o final do primeiro ano de vida. Após 1 ano de idade, apenas 0,8 a 1,5 % dos meninos não terão o testículo na bolsa escrotal. Nestes meninos, o testículo pode estar localizado em qualquer lugar no seu trajeto de descida ou, muito raramente, fora do trajeto (Testículo ectópico). Normalmente, isso ocorre de um só lado, mas pode também ser dos dois lados.


    Existem várias teorias tentando explicar a causa da criptorquidia, como alterações hormonais, genéticas, mecânicas, dentre outras, porém nenhuma delas consegue explicar o real motivo da não descida testicular.

  • Por que tratar?
     

O tratamento é importante por várias razões:

  1. Possibilitar maior chance de desenvolvimento testicular, melhorando, assim, a fertilidade, visto que esses testículos já apresentam lesões irreversíveis em suas células após o segundo ano de vida;
     

  2. Melhorar aparência física e, com isso, prevenir problemas psicológicos na criança;
     

  3. Diminuir o risco de trauma testicular e corrigir a hérnia inguinal que geralmente está associada com a criptorquidia;
     

  4. Facilitar o auto-exame do testículo em adultos jovens, pois o testículo criptorquídico tem maior risco de desenvolver um tumor na idade adulta.
     

  • Quando tratar?
     

      No final do primeiro ano de vida, pois à medida que o tempo passa algumas alterações ocorrem nas células do testículo. Isso ocorre devido à ação da temperatura mais alta, quando o testículo está fora da bolsa escrotal.

      Em alguns casos pode-se tentar o uso de hormônios, feitos através de injeções, porém os resultados com esse tipo de tratamento são controversos.

 

  • Infertilidade Masculina:

 

         Definição: incapacidade de um casal em conceber filhos através     de relações sexuais periódicas, sem uso de métodos contraceptivos, após pelo menos 1 ano de tentativas.

      Com o importante papel que a mulher vem adotando no mercado de trabalho, nota-se um aumento crescente de casais com dificuldade em engravidar, estimando-se que cerca de 20-25% dos casais brasileiros estejam enfrentando este problema. O fator masculino contribui, isoladamente, em ao menos 30% dos casos.

 

            As causas de infertilidade masculina são variadas, passando desde síndromes genéticas mais raras até a varicocele, causa mais comum e que possui um importante potencial de reversibilidade (cura). Hábitos de vida, pouco saudáveis, também afetam negativamente a produção de espermatozoides, tais como: tabagismo, o uso de drogas recreativas (maconha, cocaína), o uso de anabolizantes (testosterona), exercícios físicos em excesso, obesidade, exposição a produtos tóxicos e à poluição, estresse e má nutrição.


       O tratamento varia de acordo com a causa. Para homens que já realizaram vasectomia por exemplo, a reversão através de microcirurgia é uma ótima opção de tratamento. Não deixe de procurar o seu urologista para esclarecimento de suas dúvidas.

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